quarta-feira, 25 de maio de 2016

O Dia Que O Berimbau Chorou essa musica é de arrepiar

O dia que o berimbau chorou

No dia em que a capoeira sofreu

Foi quando falaram que Bimba

Mestre da Bahia morreu


(coro)o dia que o berimbau...


O dia que o berimbau chorou

No dia em que a capoeira sofreu

Foi quando falaram que Bimba

Mestre da Bahia morreu


(coro)o dia que o berimbau...


Saiu da Bahia

Pra dar aula em Goiás

Levando na memória

Só a lembrança de seus pais

Em 5 de fevereiro

Toda a Bahia sofreu

Ao saber que Mestre Bimba

Em Goiânia faleceu


(coro)o dia que o berimbau...


Não dá pra entender

Como isso pôde acontecer

O Mestre sair da Bahia

Pra em Goiânia viver

Vendeu sua academia

No nordeste de Amaralina

Lugar onde acontecia

Batizado e formatura


(coro)o dia que o berimbau...


O destino foi cruel

Pra Manoel dos Reis Machado

Ajudou a capoeira

Por muitos não foi respeitado

Longe de sua terra

Morreu triste amargurado

Também muito arrependido

Por ter num aluno confiado

(coro)o dia que o berimbau...

sexta-feira, 20 de maio de 2016

João Oliveira dos Santos Mestre João Grande

João Oliveira dos Santos, um dos maiores mestres da capoeira, vive atualmente em Nova York, onde ensina a sua arte e transformou seu destino, tendo recebido um título de doutor honoris causa, em reconhecimento pela sabedoria e riqueza de seu trabalho.
Waldeloir Rego sobre ele escreveu, em 1969: "é dentre todos os grandes capoeiristas jovens o que mais truques de ataque e de defesa conhece, contribuindo para isso a flexibilidade fora do comum de seu corpo, tornando-o o mais ágil de todos os capoeiras da Bahia.
Quando em pleno jogo é um grande bailarino. Canjiquinha (...) saiu com um tipo de frase muito sua, de que: - 'Foi Deus quem mandou João Grande jogar capoeira'." Foi discípulo de mestre Cobrinha Verde. Integrou também a delegação brasileira no Premier Festival International des Arts Nègres, em Dakar (Senegal).
Mestre João Grande nasceu em 15 de janeiro de 1933 na pequena aldeia de Itagi, no sul do estado da Bahia, entre Ilhéus e Itabuna. Itagi é tão pequena que não aparece nos mapas da região. Como um jovem não havia tempo para a escola ou até mesmo jogar, e ele trabalhou ao lado de sua família no campo. No entanto, enquanto trabalhava ele foi capaz de envolver-se em seu passatempo favorito, o estudo da natureza.
Ele era fascinado pela forma como o vento move as árvores, as ondas no oceano, e particularmente os movimentos dos animais, tais como a greve da serpente eo vôo do pássaro.
Esta foi a grande influência sua prática e filosofia da Capoeira. Rural, perto de Itabuna Na idade de 10 ele viu "corta capim" pela primeira vez. Este é um movimento realizado por agachando-se, estendendo uma perna na frente e balançando-a em círculos, pulando sobre ele com a outra perna.
Fascinado, ele perguntou o que foi chamado e foi dito que era "Dança do Nagos" - uma dança dos descendentes Africano, na cidade de Salvador. Os iorubás da Nigéria Sudoeste teve uma grande influência cultural em Salvador, que foi considerada a Roma Negra do Brasil.
Mas a dança era realmente de origem Africano Central era Capoeira. João não saber o nome correto do movimento até que muitos anos mais tarde, mas mudou sua vida para sempre.
Na idade de dez anos, ele saiu de casa em busca da "Dança dos nagôs". O jovem João fez o seu caminho lentamente ao norte, a pé, trabalhando como ele foi, e sobreviver como um trabalhador migrante nas plantações da Bahia. Ele iria ficar com as famílias de trabalhadores rurais outro, movendo-se de uma fazenda para outra.
Finalmente ele chegou a Salvador, terra natal de Capoeira como a conhecemos, após 10 anos de viagens. Ele viu Capoeira, pela primeira vez em um lugar com o nome poético "Roça do Lobo" (Clearing of the Wolf).
Não foi uma média de rua roda ele viu naquele dia, mas uma reunião de personalidades importantes da Capoeira, como Menino Gordo, João Pequeno, que estava lá com seu professor de Capoeira em primeiro lugar, Mestre Barbosa, bem como o grande mago capoeira Cobrinha Verde (Snake Little Green), um dos jogadores mais habilidosos do que era.
Mestre João Grande tem ensinado milhares de alunos em sua academia e tem sido palco de inúmeras apresentações de Capoeira Angola. Ele viajou a Europa, Brasil, Japão e muitas partes os EUA para ensinar e executar. Em 1995 ele recebeu um doutorado em Letras Humanas de Upsala College, East Orange, NJ.
Em 2001 ele foi premiado com o National Heritage Fellowship da National Endowment for the Arts, que é um dos mais prestigiados prémios dada aos praticantes de artes tradicionais em os EUA. Mestre João Grande também gravou um CD de áudio e vários DVDs com ele e seus alunos, bem como outras figuras ilustres da Capoeira Angola.
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quarta-feira, 18 de maio de 2016

“Mestre Caiçara” (Antônio Carlos Moraes)

“Mestre Caiçara” (Antônio Carlos Moraes)

caiçaraCaiçara marcou época na história da capoeira… provocante, controvertido, alegre, atrevido, simpático… formou uma das equipes mais brilhantes de sua época… seus alunos primavam por exibir uma capoeira bonita de se ver e eficiente.
Nas palavras de Eduardo (A.. C. São Salomão/Recife/PE) foi : “Uma das lendas vivas da Capoeira; sua história mais parece tirada de livros de ficção…
Numa época em que o Pelourinho não tinha o glamour de hoje, Mestre Caiçara ditava as regras num território de prostitutas e cafetões; de traficantes e malandros. Todos tinham que pedir a sua benção. Gravou um dos principais discos da Capoeira Angola onde exemplifica os diversos toques de berimbau, além de cantar ladainhas e sambas de roda.”

terça-feira, 10 de maio de 2016

Mestre Toni Vargas Rio de Janeiro 1958

Antonio César de Vargas, nasceu em 5 de abril de 1958, começou capoeira em 1968 com o mestre Rony (do Grupo Palmares de capoeira).
Depois foi aluno do mestre Touro, do grupo corda Bamba, na qual teve a honra de ser Cordel Azul. Em 1977 ingressou no grupo senzala para ser aluno do mestre Peixinho que o formou com a corda vermelha em 1985.
É formado em ed. física e pós-graduado em dança. Participou de diversos discos e tem músicas gravadas em vários CD´S, tem um cd gravado, e desenvolve um trabalho com crianças e coordena uma instituição de educação infantil. mestre Tony Vargas é um dos maiores poetas da capoeira - foi homenageado pela Superliga Brasileira de capoeira como um dos melhores do século em Curitiba - PR pelo mestre Burguês em 09/09/2000.
Com o mestre Leopoldina eu não tive a honra de treinar, mas considero-me um pouco seu aluno. O mestre é daqueles que, parado ao seu lado, já está te ensinando.
Eu, sempre que posso, fico ali "aprendendo de estar do lado". Aliás, antigamente era assim, não havia um ensino sistemático da capoeira, não havia métodos e nem didáticas.
Era seguir o mestre, ficar atento, e procurar transformar aquilo em alguma coisa sua. O mestre Leopoldina quando canta, toca ou joga, ensina.
Quando conta suas incríveis histórias, ensina. Quando sorri ou nos recebe em sua casa, ensina. Enfim, o mestre não precisa dar aulas para ensinar: ele é o próprio ensinamento.

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quinta-feira, 5 de maio de 2016

Biografia João Pequeno

Filho de Maria Clemença de Jesus, ceramista e descendente de índio e de Maximiliano Pereira dos Santos cuja profissão era vaqueiro na Fazenda Vargem do Canto na Região de Queimadas. Aos quinze anos fugiu da seca a pé, indo até Alagoinhas seguindo depois para Mata de São João onde permaneceu dez anos e trabalhou na plantação de cana de açúcar como chamador de boi, então conheceu Juvêncio na Fazenda são Pedro, que era ferreiro e capoeirista, foi aí que conheceu a capoeira. Aos 25 anos, mudou-se para Salvador, onde trabalhou como condutor (cobrador) de bondes e na construção civil como servente de pedreiro, chegando a ser mestre de obras. Foi na construção civil que conheceu Cândido que lhe apresentou o mestre Barbosa que era um carregador do largo dois de julho, Barbosa dava os treinos, juntava um grupo de amigos e nos finais de semana ia nas rodas de Cobrinha Verde no Chame-chame. Inscreveu-se no Centro Esportivo de Capoeira Angola, que era uma congregação de capoeiristas coordenada pelo Mestre Pastinha. Desde então, João Pereira passou a acompanhar o mestre Pastinha que logo ofereceu-lhe o cargo de treinel, isso foi por media de 1945, algum tempo depois João Pereira tornou-se então João Pequeno. No final da década de sessenta quando Pastinha não podia mais ensinar passou a capoeira para João pequeno dizendo: “João, você toma conta disto, porque eu vou morrer mas morro somente o corpo, e em espírito eu vivo, enquanto houver Capoeira o meu nome não desaparecerá”. Na academia do Mestre Pastinha, João Pequeno ensinou capoeira a todos os outros grandes capoeiristas que dali se originaram e mais tarde tornaram-se grandes Mestres, entre eles João Grande, que tornou-se seu Grande parceiro de jogo, Morais e Curió[2] . Foi aconselhado pelo Mestre Pastinha a trabalhar menos e dedicar-se mais a capoeira. Embora pensasse que não passaria dos 50 anos percebeu que viveria bem mais ao completar tal idade. Tendo que enfrentar a dureza da cidade grande, João Pequeno também foi feirante, e carvoeiro chegou a ser conhecido como João do carvão, residiu no Garcia, e num barraco próximo ao Dique do Tororó. Sua primeira esposa faleceu, mas, um tempo depois conheceu Dona Mãezinha no Pelourinho, nos tempos de ouro da academia de seu Pastinha, constituíram família, e com muito esforço construíram uma casa em fazenda Coutos, Lá no subúrbio, bem longe do Centro onde foram morar e receber visitas de capoeiristas de várias partes do mundo. Para João Pequeno o capoeirista deve ser uma pessoa educada “uma boa arvore para dar bons frutos”. Para quem a capoeira é muito boa não só para o corpo que se mantém flexível e jovem, mas também para desenvolver a mente e até mesmo servir como terapia, além de ser usada de várias formas, trabalhada como a terra, pode-se até tirar o alimento dela. João Pequeno vê a capoeira como um processo de desenvolvimento do indivíduo, uma luta criada pelo fraco para enfrentar o forte, mas também uma dança, ´na qual ninguém deve machucar o respectivo par. Ele defende a ideia sw que o bom capoeirista sabe parar o pé para não machucar o adversário[2] . Algum tempo após a morte do mestre Pastinha, em 1981, o mestre João Pequeno reabre o Centro Esportivo de Capoeira Angola (CECA) no Forte Santo Antônio Além do Carmo (1982), onde constitui a nova base de resistência, onde a capoeira angola despontaria-se para o mundo, embora encontrando várias dificuldades para manutenção de sua academia, conseguiu formar alguns mestres e um vasto número de discípulos. Na década de noventa houve várias tentativas por parte do governo do estado em desocupar o forte Santo Antônio para fins de reforma e modificação do uso do forte, paradoxalmente em um período também em que foi amplamente homenageado recebendo o título de cidadão da cidade de Salvador pela câmara municipal de vereadores, Doutor Honoris Causa pelauniversidade de Uberlândia, e Comendador de Cultura da República pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva[2] . A festa anual comemorativa de seu aniversário é um evento espontâneo da capoeira, onde se realiza uma grande roda, com a participação de vários mestres e membros da comunidade capoerana. Além de ser de impressionar a todos que tem a oportunidade de vê-lo jogar com a sua excelentíssima capoeira e mandigagem, João Pequeno destaca-se como educador na capoeira, uma autoridade maior na capoeiragem de seu tempo, um referencial de luta e de vida em defesa da nobre arte afrodescendente.[2] Em 1970, Mestre Pastinha assim se manifestou sobre ele e seu companheiro João Grande: "Eles serão os grandes capoeiras do futuro e para isso trabalhei e lutei com eles e por eles. Serão mestres mesmo, não professores de improviso, como existem por aí e que só servem para destruir nossa tradição que é tão bela. A esses rapazes ensinei tudo o que sei, até mesmo o pulo do gato".
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Pequeno

segunda-feira, 2 de maio de 2016